Banco de dados autônomo: o que é e como funciona

O uso de tecnologias de Machine Learning no banco de dados autônomo traz diversos benefícios para o dia a dia da empresa.

Há alguns anos, mais precisamente em 2017, o lançamento do primeiro banco de dados autônomo revolucionou o mercado de Tecnologia da Informação (TI) em todo o mundo! 

Agora, o gerenciamento dos milhares de dados produzidos diariamente pode ser feito de forma automatizada, com eficiência e sem intervenção humana. 

Parece algo muito bom, não é mesmo? E de fato é, já que com essa automatização os profissionais conseguem se dedicar a questões mais estratégicas e que geram mais valor para a empresa. 

Entretanto, por ser algo ainda recente, o banco de dados autônomo desperta muitas dúvidas. Por exemplo, o que é esse tipo de banco de dados? Quais as vantagens e desvantagens do uso desse banco de dados? Como fica o trabalho do DBA com a chegada da autonomia? 

Neste artigo, vamos esclarecer essa e outras dúvidas sobre o assunto. Boa leitura!  

O que é Banco de Dados Autônomo?

Lançado em 2017 pela Oracle, o autonomous database, ou banco de dados autônomo em tradução para o português, é um conjunto de dados armazenados em sistemas de computadores

Entretanto, diferente do banco de dados tradicional que ainda depende da inteligência humana, o banco de dados autônomo utiliza da Inteligência Artificial(IA) para fazer esse armazenamento de uma forma automática.  

Como funciona o Banco de Dados Autônomo?

Em suma, o banco de dados autônomo utiliza tecnologias de Machine Learning para dar automação ao processo de backup, criação de índices, gerenciamento e segurança dos dados armazenados nos servidores.

Dessa forma, muitas atividades relacionadas a manutenção do banco de dados, como atualização, ajuste e otimização, podem ser eliminadas da rotina do profissional de Data Science

Arquitetura de um Banco de dados autônomo sendo desenvolvida
Banco de dados autônomo veio para auxiliar o trabalho do profissional de Data Science para que ele foque em questões mais estratégicas.

Quais os diferenciais desse banco de dados?

Esse tipo de banco de dados se diferencia dos tradicionais por diversos aspectos. O principal deles, sem dúvidas, é a automatização.

Com a automatização a intervenção humana é praticamente eliminada, uma vez que o banco de dados autônomo consegue desempenhar todas as funções.

Abaixo, trouxemos os outros diferenciais que faz dele uma excelente alternativa para empresas: 

  • Auto-condução: com base em machine learning e na aprendizagem contínua da máquina, faz ajustes de performance adaptáveis e contínuos. Além disso, ao mesmo tempo em que está sendo executado para proteger o sistema de ataques cibernéticos, o próprio banco de dados faz atualizações de segurança no sistema;
  • Auto-dimensionamento: faz o redimensionamento de cálculos/computação e armazenamento de forma instantânea e sem tempo de inatividade, já que ele consome menos cálculo/computação que o banco de dados tradicional; 
  • Auto-reparação: garante proteção automática contra o tempo de inatividade de até 99.995%. Além disso, proporciona uma redução do tempo de inatividade para menos de 30 minutos por ano, o que significa uma média mensal de menos de 2,5 minutos de inatividade.

Por que usar o Banco de Dados Autônomo?

A escolha de uma empresa por um banco de dados autônomo é uma decisão que proporciona a otimização de banco de dados e melhora a performance .

Uma vez que os processos de armazenamento, classificação e gerenciamento dos dados é feito de forma automática, diversos benefícios podem ser percebidos no dia a dia:

  • Maior desempenho e segurança, incluindo patches e correções automáticas;
  • Redução nos erros de execução dos processos;
  • Aumento da produtividade da equipe, devido à retirada de tarefas de gerenciamento da sua rotina;
  • Diminuição nos gastos.

Como escolher um Banco de Dados Autônomo?

Na hora de escolher o banco de dados autônomo para a sua empresa é importante considerar os seguintes pontos:

  • Provisionamento automático: implementação automática, que seja tolerante a falhas e altamente disponíveis;
  • Configuração automática: otimização automática para trabalhos específicos;
  • Indexação automática: monitora a carga de trabalho e identificar os índices que podem ser acelerados;
  • Dimensionamento automático: os recursos de computação são dimensionados conforme a carga de trabalho;
  • Proteção automática de dados: um console de gerenciamento unificado faz a proteção de dados confidenciais e regulamentados;
  • Segurança automatizada: protege o sistema de operações em nuvem de usuários mal-intencionados por meio da criptografia de todo o banco de dados;
  • Backups automáticos: diariamente é feito o backup automático dos dados;
  • Aplicação de patches automática: faz aplicações de patches ou atualizações automáticas enquanto aplicativos continuam sendo executados, sem tempo de inatividade;
  • Detecção e resolução automatizadas: as falhas de hardware são previstas de forma automática;
  • Failover automático: perda de dados zero, ou próxima a isso, para stand-by.

Como fica o trabalho do DBA?

Uma das principais preocupações das pessoas de TI após o lançamento do banco de dados autônomo era como iria ficar a situação dos administradores de banco de dados (DBA), uma vez que eles são os profissionais responsáveis pela administração e gerenciamento dos mesmos.

Entretanto, não tem com o que se preocupar! Mesmo com desempenhando cerca de 80% das funções que antes eram responsabilidade do DBA, ele continua sendo uma figura importante para qualquer instituição

O que muda é que, em empresas com banco de dados autônomo, o DBA consegue se dedicar a outras atividades e ter uma atuação mais focada em agregar valor para a instituição. Por exemplo, monitoramento de desempenho, modelagem de dados e segurança da informação.

Ou seja, com o passar do tempo e a maior adesão ao banco de dados autônomo, o administrador de banco de dados deve assumir um papel mais estratégico dentro da empresa e usar ferramentas como o data warehouse para auxiliar na tomada de decisões.   

Conclusão

Atualmente, os dados são gerados em uma velocidade muito além da capacidade humana de acompanhar e administrar cada dado. Por isso, os bancos de dados autônomos são uma tendência na área de TI. 

A expectativa é que nos próximos anos a maior parte das empresas migrem para os bancos de dados autônomos já que eles estão completamente testados, prontos para uso e com benefícios comprovados por grandes empresas. 

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