Design Sprint: conheça o conceito dessa metodologia e como aplicá-la em seu negócio

Cada vez mais usada pelas empresas, essa metodologia prioriza a agilidade na entrega de projetos

Ao mesmo tempo em que a tecnologia viabilizou o desenvolvimento de produtos e soluções, ela também gerou senso de urgência entre as pessoas. Para atender a esse comportamento e encurtar processos, o mercado incorporou o Design Sprint às atividades.

Imagine resolver um problema, melhorar um processo ou até mesmo desenvolver um produto em apenas cinco dias. Essa é basicamente a proposta dessa metodologia, que é cada vez mais utilizada mundo afora. Para entender mais sobre como ela funciona, confira o artigo abaixo.

O que é Design Sprint?

No cenário convencional, quando uma empresa tem uma ideia, ela desenvolve um produto e promove discussões internas para identificar suas forças, fraquezas e oportunidades. Feito isso, ela inicia um MVP (Minimum Viable Product) para, em contato com o mercado, testar as ideias iniciais do produto.

No Design Sprint, a validação do usuário não acontece no fim, mas sim no meio das discussões. Por se tratar de uma metodologia ágil, seu objetivo é justamente o de dar velocidade ao projeto, permitindo o ajuste de rota em um curto espaço de tempo.

Em resumo, o Design Sprint é focado em resolver problemas e testar ideias antes que os projetos sejam consolidados e levados ao mercado oficialmente. Neste contexto, todo o processo ocorre em cinco dias (quatro, caso a metodologia seja o Design Sprint 2.0).

Por que Design Sprint é uma metodologia ágil?

Antes de saber o motivo do Design Sprint ser considerado uma metodologia ágil, é preciso relembrar o que isso significa.

A metodologia ágil tem como característica a velocidade. Isso significa conduzir etapas de um projeto evitando obstáculos e focando em sua conclusão. Tudo isso dentro de um ambiente dinâmico, flexível e interativo.

É justamente por conta do dinamismo defendido pelo Design Sprint que ele é considerado uma metodologia ágil. Ao colocar a ideia de um produto em contato com o usuário final antes de sua consolidação, o negócio simula um cenário real, mas com possibilidades de ajustes rápidos e, muitas vezes, menos custosos.

Para que serve o Design Sprint?

O Design Sprint foi criado para encurtar o processo entre o conceito de um produto e a sua entrega ao mercado.

Muitas vezes, uma concepção pode levar semanas e ainda mais tempo para que seja colocado à prova dos usuários. O objetivo dessa metodologia é justamente a de evitar essa morosidade, podendo identificar oportunidades de melhorias com mais rapidez.

Assim, o Design Sprint serve para todas as empresas que querem velocidade na hora de levantar hipóteses, mensurá-las e corrigi-las.

Por que usar o Design Sprint?

A principal razão para que uma empresa incorpore o Design Sprint em seus processos é usar os recursos de maneira inteligente. Afinal, de nada adianta investir uma grande quantidade de dinheiro em uma ideia se, no fim das contas, os usuários não entenderem o seu produto ou pior: não usarem ele.

Com a metodologia, essas chances são reduzidas, pois as ideias são colocadas em contato com o público antes mesmo de sua finalização. Assim, a equipe responsável pode antecipar resultados com insumos concretos e fazer correções a partir deles.  

Outra vantagem do uso do Design Sprint é a possibilidade de trabalhar em um grupo diverso, formado por profissionais de diferentes áreas e que contribuem ativamente. Assim, a elaboração de uma ideia acontece de maneira mais sólida.

Principais práticas adotas pelo Design Sprint

Como dissemos, essa metodologia envolve a contribuição de um time diverso. Juntos, eles pensam em uma ideia que pode ser relevante para o cliente. A partir dela, conduzem as etapas do Design Sprint, que têm cinco dias de duração. Veja mais:

Dia 1: mapeamento

O primeiro dia do Design Sprint é dedicado ao entendimento do problema. Esse problema pode ser a correção de um produto já existente, a melhoria de um processo ou a criação de um novo produto.

Nessa etapa, a equipe discute e esgota todas as possibilidades relacionadas àquele problema. Ao fim, é definido um ponto para ser atacado e qual a meta a ser atingida ao quinto dia.

Dia 2: idealização

Com o problema identificado, é o momento de pensar em ideias que o resolvam. Aqui, vale a adoção de técnicas como a do brainstorming, para que o time opine livremente e encontre soluções a partir dos pontos trazidos.

O fato de contar com uma equipe diversa faz com que as contribuições sejam mais ricas, ou seja, com diversos pontos de vista, pautados por diferentes óticas e necessidades. Ao fim, todas as ideias são reunidas e discutidas.

Dia 3: decisão

Com um problema identificado e diversas ideias levantadas, o terceiro dia é dedicado a decidir quais delas serão absorvidas e transformadas em testes.

Nessa etapa, o foco deve ser o retorno esperado com cada ideia, a viabilidade de testá-las e, claro, a facilidade na implementação.

Dia 4: prototipagem

Após ter a ideia objeto de teste escolhida, é o momento de prototipá-la. Engana-se quem pensa que isso significa criar e finalizar um produto. Na verdade, o objetivo é representar a solução, de modo que o usuário seja capaz de testá-la em um ambiente controlado.

Aqui valem recursos como ferramentas online e impressões em 3D. O mais importante é concluir o quarto dia com o protótipo montado e as atividades de teste já planejadas.

Dia 5: teste

Após uma densa semana de discussões, o quinto e último dia do passo a passo do Design Sprint é exclusivo para testes. Basicamente, isso significa colocar o protótipo nas mãos do usuário e coletar seus feedbacks em tempo real.

Durante o período, a equipe deve analisar e aprender com cada interação do entrevistado. Aqui vale identificar os pontos fracos e fortes, na opinião de cada um, bem como suas dificuldades e facilidades durante o teste.

Etapa final: aprendizado

Ao final das etapas do Design Sprint, a equipe é capaz de organizar todas as informações coletadas nos testes e, a partir delas, criar um plano de ação para dar continuidade ao desenvolvimento da solução.

Na dúvida se o Design Sprint funciona? Confira cases de sucesso

Se você ainda tem dúvidas sobre o funcionamento dessa metodologia, veja duas empresas que a incorporaram em seus projetos e tiveram resultados pra lá de interessantes.

Electrolux

Por ser uma das principais empresas de eletrodomésticos do país, a Electrolux precisa lidar com uma grande quantidade de cargas diariamente. Muitas vezes, no centro de distribuição, isso significa dificuldades nos processos de recebimento, armazenamento e distribuição dos produtos.  

Foi para entender como gerar mais eficiência para esses processos que o Design Sprint foi realizado com o time. As ideias giraram em torno de ações como o uso de empilhadeiras e a movimentação de cargas.

Ao fim, a estimativa é de que a metodologia tenha contribuído com o aumento da entrada de mais de 16 mil produtos de maneira inteligente e dinâmica.

SuperQuadra Jundu

Um dos produtos oferecidos pela Mineração Jundu são quadras de areia para a prática de esportes como o beach tennis. Com o crescimento da demanda por esse serviço por todo o país, a empresa viu a necessidade da criação de um aplicativo para conectar atletas às quadras.

Para pensar nesse produto, uma equipe multidisciplinar se reuniu e contou ainda com a participação de profissionais como preparadores físicos e os próprios atletas. O resultado foi a construção de um aplicativo ainda mais completo, pensado de acordo com as necessidades do próprio usuário.

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