Identidade digital descentralizada: entenda o que é e como funciona

Uma nova forma de acessar suas informações e com mais segurança

Hoje o mundo passa por uma transformação na forma como são coletados os dados e quaisquer informações pessoais dos usuários na internet. Com a LGPD, passaram a ter mais regras e seguranças aos cidadãos, só que muitas empresas se sentiram prejudicadas por não agirem conforme a lei. No entanto, embora seja um desafio, já se configura hoje um caminho viável para contornar esses obstáculos, como é o caso da identidade digital descentralizada (DCI)

Você pode nunca ter ouvido falar nesse termo, mas ele já está presente de diversas formas sem você saber. 

Nesse contexto, a Identidade Digital Descentralizada, viabilizada pela tecnologia blockchain, se configura como uma transformação digital necessária. 📱

Ela funciona a partir do blockchain, ou seja, através de tokens que registram as informações e transações essenciais dos usuários, e tudo isso em um só lugar

Seu uso facilita tanto as empresas quanto os próprios usuários na hora de realizar compras ou ter algum contato com as organizações sem correr o risco de crimes cibernéticos, por seus dados estarem sendo utilizados sem transparência.

É um assunto que pode parecer complexo, mas neste artigo vamos desmistificá-lo para você. Continue a leitura e descubra os principais pontos sobre essa tecnologia chamada de identidade digital descentralizada. 👇

O que é identidade digital descentralizada?

Ela nada mais é do que uma estrutura responsável por armazenar, validar e garantir o acesso aos dados eletrônicos pelo usuário, proporcionando um maior controle sobre suas informações virtuais e suas transações com as empresas. 🤝

Em outras palavras, é uma ferramenta criada para facilitar a identificação das pessoas, mas de forma mais segura em que o próprio titular dos dados tenha o controle do que está sendo mostrado e coletado. 👦

A ideia é como se cada usuário na internet tivesse a sua própria “carteira” digital com todas as suas credenciais de identidade fornecidas por emissores autorizados, seja ele o governo ou o seu empregador. 

Vale ressaltar que nesse método são expostos apenas as informações que o usuário autoriza.

Logo, seu surgimento ocorreu como solução para os mais de 83% dos dados das pessoas que ficavam mantidos em uma empresa sem sua autorização, com as quais interagiram apenas uma vez na vida.

Como funciona na prática?

Se antes para realizar uma autenticação virtual em cada site era solicitado um login e senha ou por perfis de redes sociais, agora com a DCI isso muda. 

Ao invés disso, os agentes envolvidos cadastram chaves criptográficas associadas a dados pessoais de forma única, escolhendo como usá-la e quais dados deseja revelar a cada transação ou conexão online. 

Ou seja, todos seus documentos ficam resguardados em carteiras digitais seguras que são controladas por você mesmo e em um único aplicativo.

blockchain
Identidade Digital Descentralizada. Fonte: Getty Images.

Assim, para seu funcionamento existem três atuantes no processo, são eles:

  • Emissor: é o registro apresentado, a credencial. Normalmente é uma pessoa jurídica que fará o registro na rede blockchain colocando o identificador descentralizado na sua chave pública registrada;
  • Usuário: é quem armazena e recebe o registro do emissor, quem fará sua chave pública e privada, assinando seu certificado descentralizado digitalmente e armazenando as credenciais numa carteira digital segura.
  • Verificador: é quem analisa os dados emitidos. Ele também tem uma chave pública e fica responsável por receber a prova das credenciais dos usuários e validar os dados.

Dessa forma, ao correlacionar esses três papéis essenciais gera uma rede de blockchain, ou seja, de identificadores descentralizados, de credenciais verificáveis e criptografia. 🔒

Características da identidade digital descentralizada

Algumas características e princípios específicos definem a estrutura da Identidade Digital Descentralizada, como:

  • Usuários com controle sobre a sua identidade;
  • Maior acesso, visto que a identidade está disponível a todo tempo, sem interferências em caso de instabilidade de servidores;
  • Maior transparência para usuário saber como os dados são utilizados e por quem;
  • Persistência, porque a credencial continua existindo; 
  • Portabilidade de uma informação pode ser usada para vários sistemas e serviços;
  • Interoperabilidade dos dados serem interpretados por outros serviços;
  • Consentimento, pois exige que o usuário permita ou não o compartilhamento de dados;
  • Minimização com a menor burocracia nos processos virtuais;
  • Proteção dos dados.

Onde utilizar?

Assim, ela passa a ser usada como validação em diversas situações, como em check-in de hotéis, em uma consulta com o médico, em um jogo de futebol ou na entrada de um show, como se fosse um RG, o CPF ou a caderneta de vacinação.

Com a exigência do passaporte vacinal, por exemplo, o ingresso a muitos países e eventos com grande número de participantes, verificação dos dados pessoais se tornou necessária. Isso que eleva o grau de dificuldade de controle dos dados pessoais. 

A DCI melhora e assegura isso, sendo uma solução para este incômodo.

Quais são os benefícios da identidade digital descentralizada?

Utilizar a ferramenta de DCI é extremamente benéfico para todas as frentes, principalmente quando se visa a segurança da informação e privacidade dos dados digitais.

Quando falamos das pessoas, ela permite mais controle, autonomia e transparência em relação aos seus dados. Já para as organizações, ela possibilita a minimização dos riscos nas interações com os usuários, bem como agiliza a verificação eletrônica de dados e otimiza a auditoria das informações.

Exemplos de empresas que usam identidade digital descentralizada

Um exemplo é a própria Microsoft, que lançou recentemente o Azure Active Directory verifiable credentials. Ele é um sistema de identidade descentralizado e seguro, baseado na mesma tecnologia blockchain usada em criptomoedas como a Bitcoin.

E com essa mesma ideia, outras organizações estão realizando investindo nesse método, como a Simply, uma empresa de tecnologia de automação.

Como aprender mais sobre cibersegurança?

Portanto, a Identidade Digital Descentralizada (DCI) veio para ser disruptiva nas transações entre empresas e usuários, priorizando a cibersegurança.

Com ela você realiza qualquer ação ou sua empresa coleta qualquer dado de forma mais ágil, prática e sem riscos de segurança ou transparência. 😉

A segurança cibernética é algo em voga e que sempre deve ser investida em qualquer coisa no ambiente digital atual. 

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