Internet das Coisas (IoT): entenda o conceito e suas aplicações

Descubra o que significa o IoT na prática e saiba por que esse assunto está tão em alta nos dias atuais

Dispositivos que se comunicam entre si a partir da integração entre sensores e a internet. Basicamente, este é o conceito de Internet das Coisas (IoT), uma tecnologia baseada na transmissão de dados de equipamentos para sistemas, que vem revolucionando o mercado.

Para se ter ideia, um levantamento da Cisco prevê que a IoT irá movimentar cerca de US$ 19 trilhões até 2023. Outro dado relevante, do Statista, é que, em 2022, haverá mais de 50 bilhões de dispositivos conectados.

Esses números deixam claro que a IoT se trata de uma forte tendência, na qual é importante ficar de olho. Imagine o tanto de oportunidades que este mercado poderá oferecer nos próximos anos? Você não vai querer ficar de fora, não é mesmo?

Para te ajudar a se preparar para o futuro, escrevemos este post, explicando o que é Internet das Coisas, seu conceito, como funciona, qual o seu objetivo, vantagens e desvantagens, assim como exemplos de aplicações da IoT no dia a dia.

Além disso, ainda damos algumas dicas de formações para quem tiver interesse em aprender mais sobre o assunto e seguir carreira nesse mercado cheio de possibilidades. Boa leitura!

O que é Internet das Coisas?

A Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), nada mais é do que uma rede de objetos físicos, contendo sensores, softwares e outras tecnologias. Por meio da Internet, tais elementos são capazes de se comunicar uns com os outros, trocando informações e transmitindo dados.

Qual é o objetivo da Internet das Coisas?

O objetivo da Internet das Coisas é interconectar dispositivos e trocar dados entre eles. As “coisas” podem ser desde produtos domésticos, como fechaduras e sistemas de iluminação inteligentes, até ferramentas industriais.

Imagine, por exemplo, o sensor de temperatura de uma máquina. Com a IoT, ele pode ser inserido em locais de difícil acesso. Por meio de uma rede sem fio, este sensor envia os dados coletados em tempo real para um software, que faz o monitoramento com alta precisão. 

Caso sejam encontradas falhas, é possível resolver o problema enquanto ainda não interfere na operação. Incrível, não é mesmo?

Também podemos citar os wearables — ou tecnologias vestíveis — como relógios e óculos. Estes podem ser aliados em diversos processos, como verificar notificações, gasto de calorias, nível de oxigênio no sangue, batimentos cardíacos, previsão do tempo, GPS e outros.

Estas são apenas algumas das possibilidades de aplicação da Internet das Coisas no dia a dia, que demonstram o nível de evolução e o grande potencial que ela tem para auxiliar empresas e encantar usuários.

Quais tecnologias fazem parte da IoT?

Agora que você está por dentro do conceito de Internet das Coisas, chegou o momento de conhecer quais são as tecnologias responsáveis pela transformação digital, que possibilitou a existência e funcionamento deste recurso. São elas:

1. Sensores

Os sensores são um dos pilares da Internet das Coisas. Isso porque é por meio deles que os sistemas recebem as informações dos dispositivos conectados.

Esses dados, por sua vez, são posteriormente estruturados, com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão de usuários e organizações.

Vale frisar que, junto aos sensores que medem diferentes aspectos, existem os atuadores, os quais podem alterar condições físicas capazes de causar danos.

Por exemplo, desligar a energia, ajustar o fluxo de ar e mudar a temperatura de um ambiente.

2. Conectividade

Sem conectividade, não existe IoT. Por isso, quando se trata deste recurso, é fundamental ter uma arquitetura de TI de alta performance.

Isso se deve ao fato de que a tecnologia das coisas lida com diversos processos e soluções de forma simultânea, envolvendo hardware e software, que precisam ser orquestrados para o funcionamento do ecossistema digital.

Esses, requerem investimento em soluções de conexão eficientes, estáveis e com baixa latência, de modo que o tráfego dos dados aconteça de forma ágil, organizada e eficiente.

Outro fator relacionado a este pilar é a infraestrutura tecnológica de segurança da informação. Com ataques cibernéticos cada vez mais comuns, sofisticados e robustos, é essencial proteger os dados e garantir que sensores, dispositivos e atuadores não tenham brechas.

< Tem interesse em atuar nesta área? Então, leia este post completo sobre o tema: Carreira em cibersegurança: tudo o que você precisa saber para se destacar no mercado />

3. Acesso na nuvem

A IoT envolve um enorme fluxo de dados, os quais precisam ser armazenados e unificados em plataformas.

Quando as organizações dependem de bancos de dados internos, isto se torna um desafio ou, ainda, um processo praticamente inviável. Nesse sentido, a computação na nuvem se faz essencial.

Com as informações sendo acessadas, armazenadas e processadas na internet, a operação se torna mais econômica e com escalabilidade, o que lhe permite lidar com picos de demanda se necessário.

Vale frisar a Edge Computing, ou “computação de borda”. Trata-se de um avanço relacionado à Cloud Computing, a qual possibilita que uma boa parte dos dados coletados pelos dispositivos sejam processados no próprio equipamento ou em bancos de dados remotos.

Esses, por sua vez, se encontram mais próximos dos equipamentos, na “borda” da rede convencional.

4. Machine Learning

O Machine Learning é um outro pilar da IoT, no sentido de auxiliar as organizações a compreenderem padrões ocultos em dados coletados por dispositivos, por meio de um grande volume de algoritmos sofisticados.

Isso gera um grande diferencial para as empresas, já que agiliza ou substitui processos manuais a partir de sistemas automatizados.

Para ficar mais claro, é possível evoluir a capacidade preditiva com a integração entre o aprendizado de máquina e a IoT, resultando em novos insights, automação de processos e eficiência.

Por exemplo, uma empresa pode tornar a inspeção de qualidade da produção automatizada, prevendo erros conforme padrões previamente coletados.

5. Inteligência Artificial (IA)

Para que a Internet das Coisas traga os benefícios esperados, é fundamental também complementá-la com a IA. Esta consiste em desenvolver sistemas que atuam de forma similar à inteligência humana, a partir da união entre automação e Machine Learning.

A Inteligência Artificial permite que softwares e outras aplicações aprendam de forma autônoma, ou seja, a partir de suas próprias experiências, tornando-se cada vez mais eficientes.

Com tecnologias contendo este recurso, é possível que máquinas compreendam, traduzam, analisem e mesmo reproduzam a linguagem humana. Além disso, podem compreender padrões completos, além de retirar insights de dados a partir do Deep Learning.

Como você pôde notar, não é possível olhar para a IoT com uma tecnologia única, mas sim como um conceito, que integra diversos recursos tecnológicos que, juntos, trazem todas as suas possibilidades.

4 exemplos de Internet das Coisas

Atualmente, já é possível dizer que “qualquer coisa que puder ser conectada será conectada”. Ou seja, isso vai desde dispositivos de uso individual e doméstico, até a escala industrial. Veja alguns exemplos de aplicação da IoT que são é realidade:

1. Smartwatches para casas inteligentes

Esses wearables, que consistem em relógios inteligentes, são capazes de gerenciar uma série de tarefas em uma residência automatizada, como é o caso da iluminação, câmeras de segurança, termostatos, acesso e serviços gerais.

Um exemplo é da Philips Hue, que criou o app Wear Hue para ser usado de forma integrada nos smartwatches com o sistema WearOS. Assim, podem definir a intensidade do brilho, ligar/desligar a iluminação e fazer a conexão com a Hue Bridge, painel central dos dispositivos inteligentes da Philips Hue.

2. Sensores industriais

A Internet das Coisas é um dos conceitos-chave da Nova Revolução Industrial. Por meio de sensores implantados nas máquinas, as fábricas vão se tornando cada vez mais inteligentes nas mais diversas operações.

Os dados coletados podem ser enviados aos sistemas de gestão, por exemplo, facilitando a administração geral do negócio. Ou, ainda, sensores podem apontar a necessidade de manutenção nos equipamentos, trazer dados sobre produtividade, monitorar temperatura e umidade, e diversos outros.

< Se você tem interesse nessa área, vai gostar de ler este post: Descubra como iniciar a sua carreira na Área de Dados />

3. Smart cities

Os novos aplicativos da Internet das Coisas estão permitindo iniciativas de smart cities, ou cidades inteligentes, em todo o mundo.

Eles fornecem a capacidade de monitorar, gerenciar e controlar dispositivos remotamente, além de criar novos insights e informações acionáveis ​​a partir de fluxos de dados em tempo real.

As principais características de uma cidade inteligente incluem um alto grau de integração de tecnologia da informação e uma aplicação abrangente de recursos de informação.

Desse modo, pode atuar diretamente em frentes como: eficiência energética, gestão de tráfego urbano, iluminação pública, segurança e sensoriamento de bueiros.

4. Drones

Os drones já são considerados parte fundamental dos sistemas IoT, principalmente pela sua capacidade de realizar voos de modo completamente autônomo, baseados em algoritmos e programação. Eles podem ser implementados em áreas como construção civil e Agricultura 5.0, por exemplo.

Neste último caso, atuam como sensores móveis, percorrendo a propriedade para detectar anomalias, sinais de pragas ou alterações geográficas, compondo o sistema de gestão do agronegócio.

Estes são apenas alguns exemplos de um universo imensurável de aplicações possíveis a estas tecnologias disruptivas da transformação digital.

Quais são os impactos causados pelas IoT no mercado?

A IOT certamente vai impactar todas as áreas de mercado. Porém, para que ela se torne ainda mais clara, listamos alguns segmentos em que ela já está otimizando resultados. São elas:

1. Varejo

Os varejistas podem realizar um controle de estoque mais eficiente, melhorando os processos internos e impactando na experiência do cliente.

Como exemplo de uso da Internet das Coisas neste setor, vale citar as prateleiras equipadas com sensores, que enviam informações para a plataforma IoT, de modo a atualizar sobre os estoques de cada item e permitir uma melhor gestão do PDV.

2. Educação

Neste setor, a IoT permite uma melhoria da gestão, conectando os stakeholders do processo educacional (professores, diretores, pais e alunos), bem como os ambientes e ferramentas utilizados no dia a dia, como salas, laboratórios e sistemas. 

Além disso, há a capacidade de coletar dados em tempo real, permitindo um acompanhamento mais eficiente do desempenho de cada aluno.

3. Saúde

O uso de recursos de Internet das Coisas já impacta vários procedimentos e tratamentos, inclusive intervenções cirúrgicas. Dentre os resultados estão a otimização no diagnóstico e tratamento de doenças, bem como o aprimoramento e manutenção das máquinas e dispositivos utilizados.

4. Judiciário

Com a digitalização do setor, é possível elevar consideravelmente a agilidade, aumentando a eficiência na resolução de casos e no fechamento de processos em aberto

Para as empresas de advocacia, a Internet das Coisas também pode significar uma nova realidade no trabalho remoto, o que permite aos funcionários realizarem seu trabalho de onde estiverem.

< Você já se perguntou como tudo isso começou? Encontre as respostas nesse post: Revolução tecnológica: como aconteceu e quais foram seus impactos na sociedade />

Quais são as vantagens e desvantagens da Internet das Coisas?

Ao longo do post, já apresentamos diversas vantagens do uso da IoT. Mas, só para destacar algumas das mais importantes, temos:

  • aumento da performance: uma vez que possibilita aumentar a eficiência em diversos processos por meio da automatização; 
  • redução de custos: que pode vir de diversas formas, seja pelo aumento na produtividade, emprego inteligente dos recursos, uso de sensores que avisam o momento certo para a realização de manutenções preditivas, dentre tantas outras;
  • potencial de inovação: abrindo caminho para o surgimento de novas práticas, tornando possível otimizar processos e ampliar o leque de possibilidades.

Já dentre as principais desvantagens da Internet das Coisas, podemos citar a sua dependência de conectividade para funcionar de forma plena. Afinal, tudo precisa estar interligado para que a informação flua corretamente. Porém, com uma boa infraestrutura, isso tende a ser superado.

Outra questão importante diz respeito à segurança, tendo em vista que, ao mesmo tempo em que todas essas “coisas” estão conectadas entre si, abre-se brechas para ataques e invasões. Por conta disso, é indispensável contar com uma boa estrutura de segurança da informação.

O que esperar da união entre a Internet das Coisas e o 5G?

O conceito de Internet das Coisas passa pelo entendimento de que as redes 5G irão possibilitar, por suas características, uma melhor conexão entre os dispositivos usados no dia a dia. 

A quinta geração de internet será o que vai potencializar a IoT e complementá-la, graças à maior velocidade e baixa latência. Com a chegada da tecnologia ao Brasil, a tendência é que ainda mais equipamentos possam usufruir dos recursos.

Num futuro próximo, o que se espera é que trilhões de equipamentos estejam conectados em todo o mundo, enviando e recebendo vários dados ao mesmo tempo.

Para dar conta de tanta informação, a rede mundial de computadores deve estar preparada. Para ficar mais claro, vamos a um exemplo:

Uma antena qualquer aguenta mil pessoas falando ao mesmo tempo. Enquanto isso, uma antena 5G deve aguentar mil vezes mais que isso. Dessa forma, se alcança a denominada “comunicação massiva”, que seriam muitos dispositivos realizando comunicação ao mesmo tempo. Isso é incrível, concorda?

Que tal se aprofundar ainda mais no tema? Confira este TEDx, no qual Renata Rampim explica o conceito de Internet das Coisas sem mistérios, apresentando diversos exemplos práticos em que a IoT é aplicada. É só dar o play e conferir:

Como se preparar para atuar neste mercado?

Uma vez entendido o conceito de IoT e como este conceito funciona, não é difícil perceber a evolução que a Internet das Coisas tem proporcionado para a indústria e demais setores da sociedade.

Além disso, também fica claro o tamanho do potencial que ela pode ter em um futuro próximo, gerando grandes oportunidades de emprego para profissionais se dedicarem em buscar qualificação, nesta e em outras áreas. Afinal, como você pôde ver, essas tecnologias funcionam melhor ainda em conjunto.

Tendo isso em mente, que tal começar a se preparar para o futuro hoje mesmo? Conheça algumas de nossas formações na área de tecnologia e entre com o pé direito neste mercado:

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