Política de segurança da informação (PSI): qual a importância e como desenvolver na empresa

Entenda o conceito dessa prática, quais são os tipos e veja dicas de implementação

A tecnologia se tornou um dos pontos essenciais nas principais empresas do mundo. Independente do setor de atuação, boa parte das companhias entendeu que se conectar com o que há de mais moderno pode trazer vantagens significativas para o negócio. Contudo, proteger informações essenciais, seja da própria empresa, de clientes ou de fornecedores, se tornou primordial. Por isso a necessidade de implementar uma política de segurança da informação (PSI). 

Para ajudar você a entender um pouco mais sobre o assunto, preparamos este artigo com os pontos mais importantes. Aqui você vai entender o conceito desse trabalho, os tipos de segurança da informação, como elaborar uma PSI, qual a sua importância para as empresas, além de alguns exemplos de segurança da informação. Boa leitura!

O que é política de segurança da informação (PSI)?

A política de segurança da informação, ou PSI, nada mais é do que a implementação de normas e diretrizes que são utilizadas para proteger dados, informações, recursos e ativos de uma empresa. É um documento feito pela área de Tecnologia da Informação da companhia, com orientações a respeito da confidencialidade de elementos que, se expostos, podem comprometer o negócio como um todo.

Essas diretrizes são apresentadas a todos os colaboradores da empresa e funcionam como uma cartilha de boas práticas que deve ser seguida no dia a dia. Afinal, os funcionários têm um papel fundamental neste processo, pois é a partir de suas ações que as informações serão manuseadas na rotina de trabalho. 

(Fonte: Getty Images)

Para que serve e qual é o objetivo da PSI?

Um dos principais objetivos de uma política de segurança da informação é evitar qualquer tipo de perda que possa comprometer a companhia, principalmente financeira. Apesar dessa mentalidade ser uma das premissas da área de TI, colaboradores de outros setores da empresa podem não ter o mesmo cuidado com a utilização dos dados. Por isso, estabelecer normas para que isso não aconteça é essencial.  

Além disso, essa implementação consegue padronizar alguns procedimentos no dia a dia, seja para evitar problemas em uma simples transação financeira até em eventuais crimes cibernéticos. Normas de segurança da informação servem como uma política corporativa para estabelecer padrões que garantam a prevenção de problemas.

Quais são os princípios básicos da política de segurança da informação?

Para desenvolver uma política de segurança da informação, o profissional deve se atentar a três princípios básicos. Eles integram toda a estratégia por trás da implementação e são fundamentais para que o processo dê certo. A seguir abordaremos quais são eles e a função desempenhada por cada um desses critérios. Confira:

Confiabilidade

Esse critério tem como principal objetivo limitar o acesso de profissionais a dados e informações considerados sensíveis dentro da companhia. Nesse caso, é preciso desenvolver uma política de acessos que limite  as funções de cada usuário. Com isso, apenas pessoas essenciais terão como visualizar algumas informações. São considerados dados sensíveis, por exemplo: questões biométricas, origem racial, étnica, entre outros.

Integridade

A lógica por trás desse critério diz respeito às mudanças que, eventualmente, podem acontecer com as informações. Com isso, é preciso limitar o tipo de alteração que o gestor dos dados pode fazer, como, por exemplo, informações duplicadas ou que possam invalidar o sistema. Em muitos casos, somente o dono de uma informação pode solicitar ou executar a mudança, o que garante, assim, a integridade dos dados. 

Disponibilidade

O investimento em segurança da informação não pode, contudo, dificultar o funcionamento de acesso aos materiais. É preciso, sobretudo, garantir o bom funcionamento do sistema, ou seja, permitir que os usuários — devidamente autorizados — consigam trabalhar de forma prática. A disponibilidade é um princípio tão importante quanto os outros, embora tenha que ser cuidadosamente trabalhada.  

Tipos de política de segurança da informação

Utilizados para limitar o acesso de usuários ou de pessoas não autorizadas, as ferramentas de controle são essenciais para a segurança da informação. Neste tópico abordaremos as duas formas utilizadas para melhorar ainda mais a gestão de acessos e aumentar, sobretudo, a confidencialidade dos dados. Confira: 

Controles lógicos

Quando falamos em controles lógicos, nos referimos a tudo aquilo que é utilizado para aumentar a segurança dos dados que estão em sistema. Por unanimidade, essa forma de controle está ligada diretamente à acessos que estão em dispositivos como computadores e celulares. Um exemplo de controle lógico é o usuário e a senha que você coloca na hora de entrar no seu e-mail, que é protegido por uma criptografia de dados

Quando utilizá-los?

Essencialmente, o controle lógico deve ser usado em uma plataforma digital. O objetivo é evitar que o usuário tenha seus dados invadidos e sofra consequências, como a exposição de informações pessoais, bancárias ou qualquer outro tipo de ameaça.  Além do exemplo do e-mail que demos anteriormente, podemos citar como controle lógico: antivírus, firewalls, senhas em geral e encriptação de dados. 

Controles físicos

Com relação a controles físicos, é tudo aquilo que administra o acesso de pessoas a um determinado espaço. Eles são responsáveis por limitar a entrada e a saída de quem circula por uma área específica. Essa limitação pode ocorrer de diversas formas. Podemos citar como exemplo um crachá de autorização para a abertura de uma porta, ou uma tag em um carro para entrar num estacionamento. 

Quando utilizá-los?

Na maioria das vezes, o controle físico está ligado diretamente com a segurança de patrimônio. Ou seja, ela funciona como um processo de barreira para identificar quem está ou não autorizado a passar por um local. Apesar disso, a área de TI ainda consegue utilizá-la mesmo em controles lógicos, adicionando mais uma etapa de segurança em determinados sistemas. 

Como fazer uma política de segurança da informação

Aqui explicaremos como fazer uma política de segurança da informação. Existem três etapas básicas que devem ser observadas em qualquer início de projeto. Vale observar que todas elas precisam ser executadas em conjunto com os princípios básicos que exploramos anteriormente no texto. Confira a seguir quais passos são esses: 

Planejamento

Na parte do planejamento, é essencial que o profissional entenda as necessidades da empresa. É preciso identificar os principais pontos de vulnerabilidade e o que pode (ou não) se tornar uma ameaça à proteção das informações. Além disso, pense também em diferentes níveis de acesso e monte diversas categorias para separá-los. Por fim, a classificação de confidencialidade é outro item para ficar de olho nessa etapa. 

Implementação

Definido o planejamento e elaborada a política, agora é hora de implementá-la na companhia. Comece com uma boa comunicação interna informando os colaboradores dessa novidade. Além disso, faça treinamentos que possam explicar e tirar todas as dúvidas dos funcionários. Aqui, uma dica importante é lembrar que nem todas as pessoas têm familiaridade com o tema, portanto, tente ser o mais didático possível. 

Monitoramento

Após divulgar e treinar todos os times que precisam ser envolvidos, é hora de monitorá-los. A gestão desse trabalho é super importante, pois garante que tudo o que foi pensado esteja sendo executado na prática. Não custa lembrar que esse projeto nunca termina. Afinal, para saber se tudo está dentro das normas é preciso fiscalizar e corrigir eventuais falhas.

Qual a importância da política de segurança da informação?

Conforme dissemos, implementar uma política de segurança da informação é essencial para proteger os dados da empresa. Isso evita a exposição de informações que possam causar danos financeiros e de imagem à corporação. Além disso, é uma forma de garantir que tanto clientes, como colaboradores e fornecedores estejam seguros em relação aos dados que compartilham no dia a dia da companhia. 

Como a PSI se relaciona com Compliance LGPD?

A política de segurança da informação está relacionada diretamente tanto com compliance como com LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Afinal, é importante seguir as normas estabelecidas em termos legais, seja na confecção de contratos, na transparência das informações e na segurança dos dados dos clientes. Por isso, a PSI deve garantir que todas essas diretrizes sejam cumpridas e manuseadas de forma correta. 

Dicas de como implementar uma boa política de segurança da informação 

Para ajudar, separamos a seguir algumas dicas de como implementar a política de segurança da informação na sua empresa. Confira:

  • Entenda as necessidades da sua empresa;
  • Envolva todas as áreas que lidam com dados na companhia;
  • Monte um planejamento e valide com os times;
  • Procure softwares que possam ajudar na implementação e na gestão;
  • Estabeleça normas claras;
  • Busque implementar processos menos burocráticos;
  • Tenha uma política de senhas;
  • Implemente uma rotina de auditoria;
  • Utilize tecnologias modernas de segurança, como criptografia;
  • Treine as equipes;
  • Estabeleça claramente as penalizações em caso de descumprimento;
  • Forme um comitê com reuniões periódicas para correções de rota;

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