Síndrome de Burnout: o que é e como tratar?

15% da população brasileira lida com a Síndrome de Burnout. Será que você é um deles? Aprenda mais nesta leitura!

Se você tem se sentido excessivamente cansado, estressado e irritado de forma prolongada no trabalho, tome cuidado: você pode estar sofrendo com a Síndrome de Burnout. 

Além disso, tensões emocionais e estresses crônicos advindos de uma jornada de trabalho existente e condições psicológicas desgastantes no ambiente de trabalho, se apresentam como algumas das mais diversas características da Síndrome de Burnout.

Caso você seja um profissional que, no seu dia a dia, precisa lidar com envolvimento interpessoal intenso e direto, você está mais propenso a desenvolver a síndrome. 

Ademais, profissionais que trabalham nas áreas de RH, educação e saúde, ou que são bombeiros, policiais e assistentes sociais se enquadram nesse ponto também. 

E quando falamos de mulheres que, por sua vez, lidam com uma jornada de trabalho dupla, ou seja, além do trabalho tradicional, de 8h às 17h, necessitam trabalhar em casa com as demandas domésticas, vemos um agravante forte. 

A internet se popularizou e muita gente já ouviu falar na Síndrome de Burnout, mas nem todas as pessoas entendem realmente o que ela é, quais os seus sintomas e como funciona o tratamento. No entanto, hoje responderemos todas as suas dúvidas. 

Vamos lá?

O que é a síndrome de Burnout?

Em suma, é um transtorno psicológico causado por uma exaustão extrema, intimamente ligada ao mercado de trabalho do indivíduo. 

Também conhecida por Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout, segundo estudos da International Stress Management Association no Brasil, atinge mais de 33 milhões de brasileiros, representando cerca de 15% da população do país.

A síndrome afeta, principalmente, profissionais que lidam com pressão constante, tensão emocional e acúmulo excessivo de estresse, a tornando comum em certos círculos profissionais. 

E não é só a ansiedade e pressão que afetam os indivíduos com a síndrome: ela envolve, primariamente, a saúde mental, por ser um distúrbio emocional, mas também afeta o lado físico dos mesmos, a longo prazo, por isso a necessidade ainda maior de cuidado.

Como surgiu o termo Burnout?

O nome “Burnout” tem origem inglesa e simboliza algo ou alguém que, por exaustão e falta de energia, deixou de funcionar. 

O termo foi mencionado pela primeira vez pelo Freudenberger, psicólogo norte-americano em 1974 e isso aconteceu de uma experiência bem empírica: ele, simplesmente, relatou o que ele e alguns amigos vinham sentindo. 

Diversos estudos passaram a ser feitos e, hoje, o distúrbio está presente na Classificação Estatística e Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde, a CID-10, mais precisamente no grupo 5.

Fatores que levam a síndrome de Burnout

É comum diversas pessoas dizerem “mas como fulano chegou a essa situação?”. É simples: pessoas levadas além do seu limite físico e/ou emocional no ambiente de trabalho chegam ao esgotamento de forma rápida e não passado algum tempo após o início dos sintomas. 

Alguns fatores que levam a Síndrome de Burnout são:

  • Excesso de esforço físico, mental e/ou emocional;
  • Raros momentos de descontração;
  • Absorção de carga emocional de terceiros para si mesmo;
  • Problemas com chefe, familiares ou no relacionamento amoroso;
  • Muitas horas de estudo sem descanso e repouso.
Médica com Síndrome de Burnout
Síndrome de Burnout está presente nas mais variadas áreas e é um problema de saúde que precisa de atenção.

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Como identificar os sintomas de Burnout?

Questione-se: você está exagerando no café, no cigarro, em energéticos ou refrigerante para ficar acordado e alerta por mais tempo?  Além disso, o seu uso de bebidas alcoólicas para relaxar tem aumentado? 

Perceba se você tem tido atitudes como:

  • Absenteísmo no trabalho
  • Isolamento;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Pessimismo;
  • Baixa autoestima;
  • Lapsos de memória.

Se você respondeu sim para essas perguntas, é bom ficar atento e procurar um psicólogo: elas são, quando convergentes, facilmente associadas a Síndrome de Burnout.

Quem pode diagnosticar a síndrome de Burnout?

Um psicólogo ou psiquiatra. 

Esses profissionais receitam diferentes tipos de atendimentos psicológicos e, caso não funcionem, os medicamentos antidepressivos entram no jogo para ajudar o paciente.

Como o diagnóstico da síndrome de Burnout é feito?

Os profissionais consideram a história, envolvimento, relação pessoal e profissional no trabalho e respostas psicométricas a questionários baseados na Escala Likert, por exemplo. 

Assim, o diagnóstico feito é, basicamente, clínico.

A síndrome de Burnout tem cura?

Burnout tem tratamento. 

Seja ele feito por meio de medicamentos, consultas com profissionais e/ou mudanças no estilo de vida: ele ajuda fielmente o paciente a encontrar uma melhoria na relação com o trabalho e com a vida

Como tratar a síndrome de Burnout?

Com alguns pontos importantíssimos:

  • Medicamentos para tratamentos dos sintomas, caso solicitado pelo psiquiatra;
  • Acompanhamentos constantes com médicos;
  • Terapia constante;
  • Refazer e criar novos hábitos: jamais permanecer com atitudes e hábitos que possam arrastar o paciente de volta para o sofrimento; 
  • Atividade física contínua;
  • Hábitos saudáveis;
  • Alimentação equilibrada;
  • Exercícios de relaxamento;
  • Meditação.

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Por que é importante tratar o Burnout?

Todo e qualquer distúrbio e/ou doença precisa ser tratado. Com o Burnout, por sua vez, não seria diferente.

Muitas pessoas levam “com a barriga” problemas com a saúde mental quando, na realidade, é ela a responsável por deixar todo o nosso corpo dentro dos conformes. 

Ou seja, se a sua saúde mental não vai bem, é muito provável que você vá sentir os efeitos negativos pelo seu corpo. 

O Burnout pode se transformar em depressão?

Em suma, sim. Por isso a importância do diagnóstico e do tratamento. 

A Síndrome de Burnout e a Depressão se diferenciam um pouco: enquanto a fonte principal do Burnout é no trabalho, na Depressão os problemas estão ligados a todos os âmbitos da vida. 

O problema é que, com o tempo, e sem tratamento, o quadro depressivo pode ser inicialmente provocado pelo Burnout.

Estou com síndrome de Burnout e agora? Como comunicar o RH da minha empresa?

Respire fundo e procure um psicólogo ou psiquiatra. 

Esses profissionais te ajudarão, de maneira majestosa, a conversar com o RH. Comunique a eles o seu temor, e o psicólogo irá te ajudar a entender como conduzir essa conversa com a empresa sem te prejudicar.

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O que fazer para evitar a síndrome de Burnout?

Existem meios de prevenção e tratamento da síndrome, e eles andam juntos! 

Algumas maneiras de prevenir a Síndrome de Burnout são: 

  • Atividade física: auxilia na liberação das tensões nos músculos, além das diversas melhorias na saúde;
  • Alimentação saudável: correta e balanceada, assim os nutrientes e vitaminas serão ingeridos diariamente;
  • Lazer: relaxar é fundamental para mente e para o corpo;
  • Menos cobranças: se cobre menos! Você está fazendo o que pode com aquilo que tem. E lembre-se: perfeição não existe, ok?

Por fim, queríamos te relembrar que aprender é uma ótima opção para aumentar a autoestima e se sentir mais livre! 

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